“Debaixo dos Arcos” foi, e ainda é, o primeiro blogue não virtual de Aveiro. Espaço de encontro, “tertúlia” espontânea, “diz-que-disse”, fofoquice pegada, críticas e louvores, ..., é uma zona nobre da cidade, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontram e conversam sobre "tudo e nada": o centro do mundo...

14 março 2012

Sem energia para combater pressões

créditos: Daniel Rocha - Público
Cerca de 99% das demissões governativas e de cargos públicos são por razões pessoais e de índole familiar.
A prática demonstra que a argumentação não passa de retórica política porque a totalidade desses 99% dos casos representa falta de confiança política, erros graves de governação ou de gestão, opiniões contrárias à estratégia do governo. E começam a ser demasiados os exemplos (veja-se o caso da reforma da administração local e o confronto com as autarquias, veja-se as excepções aos cortes salariais na função pública e sector empresarial do Estado, etc...).

E por mais que se queira demonstrar o contrário (ou afirmar o contrário) este Governo já deu provas que não sabe (ou não quer) lidar com pressões, com tráfegos de influências, com lobys. Recorde-se as vozes do sector empresarial que vieram em defesa do ministro da Economia e em defesa da gestão dos fundos comunitários do QREN sob a tutela do Ministério da Economia.

Querer encobrir uma clara intromissão do poder da EDP no mercado da energia e nas políticas energéticas do governo é apenas tapar o sol com a peneira.
Não pode ser alheia a este processo o facto do secretário de estado demissionário, Henrique Gomes ter travado um braço-de-ferro no interior do governo e com a EDP e António Mexia no que respeita às rendas devidas à empresa. Como se não bastasse um quase que totalitário monopólio no mercado...

O governo dá mostras de falta de energia... ou, pelo menos, com quebras na alimentação energética do rumo do país.

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